No coração de Aurion, onde o cosmos se dobrava em portais, Solenne, aos 43 anos, pairava como o Oráculo da Supremacia. Seus olhos violeta-cinza refletiam estrelas, cabelos prata-dourados fluíam como nebulosas. Vestida com uma túnica celestial bordada com runas, sua presença silenciava o mundo. Seus pés — divinos, unhas em ametista metálica — levitavam sobre uma runa circular, tatuagens de espirais pulsando com luz violeta. Gotas de poeira estelar orbitavam suas solas, sussurrando: Eu sou a verdade.
Solenne, como Self, não respondia; pronunciava. Sua voz era o eixo que unia Persona, Sombra e Anima. Durante um ritual final, enquanto o Templo buscava unidade, a runa sob seus pés brilhou, e o reflexo mostrou Clarice, Natasha, Luma — todas fragmentadas. “Vocês são uma”, declarou Solenne, sem mover os lábios. Seus pés desceram, tocando a runa, e o Templo tremeu, revelando uma visão: Solenne, mas com os olhos de todas as deusas. Para completar a jornada, o Templo precisava ouvir seu silêncio, onde a totalidade residia.
Seus pés pairaram novamente, e a poeira estelar respondeu: Você busca respostas. Mas já é a resposta. A jornada do Self havia culminado, e Solenne era o portal onde tudo convergia.
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