O Peso do Mármore

O Peso do Mármore

Na câmara de mármore negro de Aurion, onde as sombras cortavam como lâminas, Natasha, aos 34 anos, erguia-se como a Dama da Disciplina. Seus traços eram afiados, olhos escuros perfurando a alma, sem vestígio de suavidade. Vestia uma blusa preta de gola alta, cabelos lisos presos atrás das orelhas, como uma sentinela do caos. Mas eram seus pés — impecáveis, unhas pintadas em vinho profundo — que comandavam o silêncio. Sobre o chão polido, eles pisavam com força, a sola deixando uma marca fugaz, como se corrigissem a própria terra. Um bracelete metálico em seu tornozelo brilhava, sussurrando: Ordem é poder.

Natasha acreditava que sua Sombra, feita de regras e punição, era a verdade da psique. Cada passo esmagava fraquezas, cada olhar silenciava rebeldia. Mas, num ritual solitário, a luz do holofote tremeu, e o mármore refletiu não seus pés, mas uma figura indistinta, gritando sem som. “Você reprime o que teme soltar”, murmurou o eco. Natasha hesitou, e seus pés, sempre firmes, sentiram o frio do chão. A Dama da Disciplina viu a rachadura em sua armadura. Para avançar, ela precisaria enfrentar o caos que negava, onde a Anima a aguardava.

Seus pés pisaram novamente, e o bracelete respondeu: Você corrige o outro. Mas quem corrige você? A jornada da Sombra havia começado, e Natasha sentiu o peso de ser mais que uma lei.

Nota: Esta narrativa (250 palavras) apresenta Natasha como a Sombra, com os pés como símbolo de repressão e autoridade, sugerindo o confronto com o inconsciente. Posso ajustar o tom ou expandir, se desejado.

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de podolatriabrasil.