No bosque crepuscular de Aurion, onde a terra pulsava com segredos vivos, Luma, aos 29 anos, reinava como a Senhora dos Rituais. Seus cabelos longos e escuros, adornados com símbolos lunares, fluíam como rios de sombra. Seus olhos, em transe, pareciam ver além do véu. Vestida com linho branco, marcado por linhas tribais prateadas, ela era a ponte entre o desejo e o sagrado. Seus pés — vivos, com tinta tribal nas unhas e anéis de prata — dançavam sobre pedras musgosas, cercadas por velas que sussurravam: Sinta-me.
Luma, como Anima, guiava a psique ao inconsciente com movimentos rituais. Durante uma cerimônia ao luar, enquanto o Templo se rendia ao transe, uma brisa soprou, e as velas revelaram uma sombra fugaz — não de Luma, mas de Natasha, rígida e fria. “Você liberta o que eu controlo”, disse o vento. Luma parou, seus pés tocando uma pedra gravada com espirais. O musgo sob suas solas vibrou, mostrando um reflexo: seu próprio rosto, mas com olhos fechados, em paz. Para avançar, Luma precisava ensinar o Templo a soltar, onde o Self a aguardava.
Seus pés dançaram novamente, e o musgo respondeu: Você guia o sagrado. Mas já se rendeu a ele? A jornada da Anima continuava, e Luma sentiu o pulsar de ser o ritual vivo.
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